No âmbito do Plano de Atividades para o mês de Julho sob o lema " Combater o desalento democrático" a AEDAR organizou uma visita ao Museu do Aljube.
A visita guiada foi feita pela Diretora do Museu, Dra. Rita rato que acompanhou o grupo da AEDAR nesta visita de extremo interesse para todos.
" O Museu do Aljube é dedicado à história e à memória do combate à ditadura e ao reconhecimento da resistência em prol da liberdade e da democracia.
Instalado na antiga cadeia do Aljube que foi um estabelecimento prisional que recebeu presos do foro eclesiástico até 1820, mulheres acusadas de delitos comuns até aos finais da década de 1920 e presos políticos do Estado Novo a partir de 1928 até ao seu encerramento em 1965.
Foi posteriormente adaptado para presos de delito comum e ainda utilizado para instalação de serviços do Ministério da Justiça.
A palavra Aljube, de origem árabe, significa poço ou cisterna, sendo igualmente utilizada para designar prisão e, especialmente, prisão obscura e profunda.
É um museu municipal que pretende preencher uma lacuna no tecido museológico português, projetando a valorização dessa memória na construção de uma cidadania responsável e assumindo a luta contra a amnésia desculpabilizante e, quantas vezes, cúmplice da ditadura que enfrentámos entre 1926 e 1974.
Em exposição atualmente: Exposição permanente: A exposição de longa duração do Museu apresenta aos visitantes no piso -1 uma mostra arqueológica com vestígios encontrados aqui. No piso 0, o memorial de homenagem aos presos políticos e a história do edifício; no piso 1, a caracterização do regime ditatorial português (1926-1974), os seus meios de repressão e opressão (a Censura, as polícias e os tribunais políticos).No piso 2, a resistência das oposições (semi-legais e clandestinas), a prisão, a tortura, os curros de isolamento.
No piso 3, a luta anticolonial e os movimentos independentistas de libertação, o derrube da ditadura e o 25 de Abril de 1974.
Podem ainda ver as seguintes exposições : REVOLUÇÕES: Guiné-Bissau, Angola e Portugal (1969-1974) – fotografias de Uliano Lucas e A Artista saiu à rua- Ana Hatherly no Parlatório do Aljube .